Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro. Tentar entender, compreender, mesmo que no fim não consiga, as motivações, toda uma história por trás de um comportamento. Veja, ser empático não significa "passar a mão na cabeça", mas ser humano, reconhecer o outro como um semelhante, com uma bagagem, sentimentos, é olhar holísticamente. Tá, mas como a gente ensina isso para uma criança?
Fiquei pensando e cheguei á conclusão de que é muito mais simples do que a gente imagina. Seja empático. Ora, se empatia está ligada ao altruísmo, como que podemos ensinar a alguém sobre ser altruísta sem sê-lo? Quando o assunto é educação dos filhos, aquela que ajuda a construir caráter e perpassa valores, a ação fala mais que as palavras. Eu te entendo e te acolho, afinal eu também erro.
Vulnerabilidade. Eu falo também da minha própria dor. Mãe não é a figura de Atena, aquela deusa guerreira da mitologia grega, mas nossos filhos não saberão disso se não demonstramos toda a nossa vulnerabilidade na frente deles. Se ela me reconhece também como o ser humano que sou, também terá a oportunidade de me acolher como eu a acolho. Isso não significa encher a criança com assuntos de adultos, mas mostrar que eu também sinto.
Se desenvolvermos uma comunicação afetiva dentro de casa, não fica mais fácil de isso ser levado para fora dela? Para isso vamos além das desculpas, vamos atrás do "você está bem?". Porque a desculpa por si só é mentira, mas se eu me preocupo com o real estado da outra pessoa e quero ajudá-la de alguma forma, preciso estar atento para ouvir, ajudar de verdade.
Que parta de nós, figuras primárias, a empatia que esperamos deles.
Stefânia Acioli @tevejomae .
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