Ela teve uma crise de choro, daquela que enlouquece, porque não queria dormir e queria sair do quarto para assistir. Mas foi uma crise de bater na porta, se jogar no chão, gritar, chorar, gritar, chorar e gritar mais ainda. Não tentei dialogar, não tentei pegar, nada, só me sentei no chão ao lado dela. Helena tem a tendência a se acalmar sozinha, nesses momentos tentar pegá-la ou amenizar a faz gritar mais ainda.
Sentei no chão ao lado dela e esperei a tempestade passar. Assim que acalmou ela veio e sentou no meu colo. Ao seu ouvido eu disse "filha, você está cansada e com sono, eu entendo a sua irritação. A mamãe quando está muito cansada também fica irritada, você precisa descansar para estar bem amanhã".
Sem falar nada, sem protestar, ela dormiu, assim, simplesmente dormiu, no meu colo, no chão. A minha calma atingiu ela, que também acalmou e entendeu o porquê de eu não deixá-la sair do quarto, se entregou ao cansaço e descansou. Quem me dera que eu mantivesse essa mesma calma sempre.
Não, não consigo. Da última vez que aconteceu, eu mandei que pelo amor de Deus ela parasse de gritar, que ela parasse de se jogar no chão, eu mandei ela parar de externalizar seus sentimentos, eu mandei ela parar de se expressar da única forma que conhece. Só depois eu me sentei com ela e a vi se acalmar a ponto de dormir ali mesmo, deitada no chão. Ali eu entendi o meu papel em situações como essa. A calma sou eu.
É muito difícil, enxergar além do nosso cansaço, da nossa frustração por perder o controle da situação, enxergar além da birra, é difícil mas necessário. Nossa criança precisa sentir-se acolhida, ter um nome para os seus sentimentos, só assim poderemos ensiná-la a lidar com a irritação.
Nós somos a calma e nessa hora eu te digo, colo serve para tudo.
Stefânia Acioli
@tevejomae
Sentei no chão ao lado dela e esperei a tempestade passar. Assim que acalmou ela veio e sentou no meu colo. Ao seu ouvido eu disse "filha, você está cansada e com sono, eu entendo a sua irritação. A mamãe quando está muito cansada também fica irritada, você precisa descansar para estar bem amanhã".
Sem falar nada, sem protestar, ela dormiu, assim, simplesmente dormiu, no meu colo, no chão. A minha calma atingiu ela, que também acalmou e entendeu o porquê de eu não deixá-la sair do quarto, se entregou ao cansaço e descansou. Quem me dera que eu mantivesse essa mesma calma sempre.
Não, não consigo. Da última vez que aconteceu, eu mandei que pelo amor de Deus ela parasse de gritar, que ela parasse de se jogar no chão, eu mandei ela parar de externalizar seus sentimentos, eu mandei ela parar de se expressar da única forma que conhece. Só depois eu me sentei com ela e a vi se acalmar a ponto de dormir ali mesmo, deitada no chão. Ali eu entendi o meu papel em situações como essa. A calma sou eu.
É muito difícil, enxergar além do nosso cansaço, da nossa frustração por perder o controle da situação, enxergar além da birra, é difícil mas necessário. Nossa criança precisa sentir-se acolhida, ter um nome para os seus sentimentos, só assim poderemos ensiná-la a lidar com a irritação.
Nós somos a calma e nessa hora eu te digo, colo serve para tudo.
Stefânia Acioli
@tevejomae