O controle emocional dos pais
Ando terminando os dias esgotada. Física e emocionalmente falando. Helena é uma criança que não gosta de brincar sozinha, então pede atenção o tempo todo. Depois de 8 meses frequentando a escolinha, ela acostumou a não dormir a tarde, então acaba não dormindo o dia todo, está difícil de acompanhar a pós, escrever, ler...
O que também está pegando por aqui é a fase dos 2 anos. Assistindo a uma live da @psimamaa sobre a birra, eu descobri o porquê de estar terminando meus dias tão exausta, não estou sabendo lidar com Helena. O que me fez voltar meu olhar para dentro. A verdade é que não estou conseguindo lidar comigo.
Eu sempre consegui lidar muito bem com Helena, sempre fui muito paciente e procurei entender a raiz das explosões emocionais dela. Ultimamente eu tenho gritado mais, perdido a paciência mais rápido, a apressado mais... E depois, como de costume, me culpado mais. Alguns dias eu acho que vou enlouquecer, outros eu me orgulho de não ter me deixado levar pela impaciência.
Ultimamente eu tenho sentado mais olhando-a chorar por não saber o que fazer. Dou nome ao que ela está sentindo, se nada funciona, eu sento e espero. Ela tem a tendência a acalmar sozinha e vem pedir colo depois. Mas nem sempre é assim. O grito anda saindo com mais frequência, muitas vezes inicio e termino o dia sem ânimo para mais nada. E tudo isso tem a ver comigo, como eu lido com ela, mas principalmente comigo.
Espero mais de mim que de Helena, exijo de uma criança uma maturidade emocional que nem eu tenho. Me frustro com aquilo que não consigo controlar, encontro limitação nas minhas ações. Minhas próprias limitações que tenho como humana que sou.
O exercício é aprender a lidar com a Stefânia para depois aprender a lidar com Helena. Tenho consciência de que tudo o que ela aprende sobre controle emocional deve partir de seus pais.
Stefânia Acioli
@tevejomae
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