Nunca vou soltar
Quando você nasceu eu quis te mostrar que estava ali, segurei tua mão.
Quando você estava aprendendo a pegar os objetos, segurei tua mão. Soltou.
Quando você estava aprendendo a ficar em pé, segurei tua mão. Soltou.
Quando você estava aprendendo a andar, segurei tua mão. Soltou.
Quando você, sem muita coordenação, quis comer com a colher, no impulso de te ajudar eu segurei tua mão. Soltou.
Quando você chegou com a tarefinha de cobrir os pontinhos, junto com o lápis eu segurei a tua mão. Soltou.
Quando você quis subir na escada do parquinho eu segurei tua mão. Depois eu segurei para descer o escorrega tranquila. Soltou.
Quando você ganhou um velocípede eu segurei tua mão, com o patinete não é diferente.
Quando você nasceu, você quis me mostrar que estava ali, e apertou meu dedo com a maior força que encontrou. Soltou.
Para me guiar quando eu não entendo os caminhos que você quer seguir, você segura minha mão.
Para sentir-se protegida, você segura minha mão. Para me sentir segura eu retribuo, sem aperto.
Para te sentir perto, eu seguro tua mão enquanto você dorme. Tranquilidade, é a palavra que define o meu sentimento.
Quando você cair, na sua mão vou segurar.
Quando você se decepcionar, na sua mão vou segurar.
Quando você se frustrar, chorar, desesperar, na sua mão vou segurar.
Quando você soltar minha mão, alçar vôo e for, minhas mãos continuarão estendidas para te segurar sempre que para meus braços voltar. Eu espero que sempre que a felicidade tomar conta, a alegria se instalar, seus sonhos você conquistar, você volte para a minha mão segurar. Porque minha filha, se tem uma coisa que eu nunca, em hipótese alguma farei, é te soltar.
Eu nunca vou te soltar.
Stefânia Acioli
@tevejomae
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