A maternidade pode não ser para você!
Foto: Keira Burton |
“Admiro muito a dedicação das mães, mas não tem espaço para um filho na minha vida.”
Em uma sociedade que empurra a maternidade para as mulheres de todo jeito, ter essa consciência é extremamente importante.
Quando você decidiu que queria/quer assumir o papel de mãe?
Somos condicionadas à isso desde o momento em que o ultrassom aponta que somos uma menina.
Essa menina que ainda vai nascer deve:
- ter um casamento heteronormativo estável;
- dar netos assim que casar;
- assumir o papel de mãe integralmente.
Tudo sob o risco de ser considerada uma “mãe má” ou “menos mulher”
se não atender a essas expectativas.
A “boa mãe” é uma construção social.
A maternidade como a conhecemos hoje não é a mesma de alguns séculos antes.
Desde a entrega de recém-nascidos a amas-de-leite, sob a forte possibilidade de morte desse bebê, ao envio dessas crianças a internatos, caso regressassem ao convívio dos pais, até a culpa que nos colocam
nas costas hoje por absolutamente tudo, tem chão e muita imposição.
Essa “mãe perfeita” não foi moldada por mulheres.
Isso mesmo. As maiores interessadas foram atropeladas por homens que as destinaram ao “reinado do lar”, afinal elas precisavam servir para alguma coisa. Que fossem responsáveis por tudo relacionado ao âmbito doméstico e aos filhos, livrando os homens dessas responsabilidades. Isso dura até hoje, sejamos realistas.
Pois é, nos impuseram a maternidade como a melhor forma de dar sentido á nossa existência.
Talvez ela não seja a sua, talvez a maternidade não seja para você.
E está tudo certo!
0 comentários