Dia das mães 2022
Foto: Leilianny Oliveira
O amor é uma escolha.
Escolheram me amar, mesmo quando minhas atitudes iam de encontro com o que elas aprenderam, do que elas ouviram, do que viram, do que acreditavam. Escolheram me amar mesmo quando não concordavam.
Não acredito em instinto materno. Ele nos cobra algo que não conseguimos dar, mas acredito no de sobrevivência.
A gente escolhe amar enquanto cuida para que sobreviva, enquanto conhece, enquanto reconhece a cada fase em que nossos filhos, em constante mudança, nos desafiam a buscar resiliência. Porque aquela projeção da gestação, da fila de adoção, é muito fácil e muito simples de amar e de acolher. Na vida real nossas próprias demandas são escancaradas, quer tomemos consciência disso ou não.
Construir o amor é uma escolha. E é uma montanha-russa com curvas sinuosas, loopings, subidas e descidas em queda livre, onde a linearidade só é encontrada em poucos segundos do percurso, quando é. Não é fácil amar assim, nem quando são nossos filhos.
Se hoje você ama com a facilidade do pular em uma cama elástica, amanhã talvez tenha que fazer um esforço maior. Amor é escolha diária.
Por ser escolha constante, se fortalece, e você sabe que no momento de grande fragilidade esse vínculo não se rompe, mas procura outra forma de continuar conectado.
Então seguimos escolhendo amar, mesmo quando nos desconserta.
Aprendi com minhas mães, que me ensinaram na prática.
Stefânia Acioli
@tevejomae
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