O que podemos entender sobre parentalidade com a série Respire!?
Ela entendeu que nenhum vinculo poderia ser forte o suficiente a ponto de não se romper e sempre se culpou pelo abandono e a solidão, e de certa forma esperava que o pai fosse embora também.
Ao longo de sua caminhada, as vozes das pessoas que ocupam sua cabeça reforçam exatamente como ela se enxerga: incapaz, incompetente e despreparada. Mas ao conseguir resolver questões internas que estão pendentes, consegue silencia-las, mandá-las embora e seguir.
Dessa forma, ao mesmo tempo em que tenta entender os motivos de sua mãe ter ido embora, percebe que não pode/deve carregar o peso da culpa pelas escolhas dos outros.
Ao descobrir uma gravidez não planejada, o medo cresce, principalmente por não achar que conseguiria ser para esse bebê diferente do que sua mãe foi.
Sendo algo que fugiu do controle que se acostumou a ter de tudo em sua vida, principalmente no trabalho, como uma forma de se antecipar e evitar mais uma grande frustração, Liv enfrenta uma dificuldade imensa em aceitar a gestação.
A maternidade dá a sensação de afogamento em diversos momentos, como uma luta constante para se manter na superfície, o que acontece algumas vezes com a personagem ao longo dos episódios.
A escolha pela advocacia, o perfeccionismo em seu trabalho, mostram o quanto ela sente que precisa ser perfeita e está proibida de errar para não desagradar.
A mata fechada é como a solidão e a raiva que a engolem desde a infância e que o barulho da rotina sempre fez o papel de abafar.
Encontrar-se com a menina que foi em um julgamento, ajudou-a no despertar para se perdoar e se acolher, porque aquela menininha já havia feito isso.
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