Educação sexual na escola?
Primeiro, o que é educação sexual?
“A educação sexual ou educação em sexualidade engloba uma série de conhecimentos sobre saúde, corpo humano, identidade, sentimentos, bem-estar, consentimento, responsabilidade, autoproteção e tipos de toques que os outros estão autorizados ou não em relação ao corpo da criança e do adolescente, como forma de prevenção à violência sexual.”
O entendimento de que escola não é lugar de educação sexual e que esse é um papel a ser exercido pelos responsáveis (leia-se mãe) por essa criança em seu espaço privado, provém da ideia de que a família é uma unidade privada e não deve se misturar com o público.
Dessa forma, o poder público e toda a sociedade eximem-se da sua responsabilidade de proteger crianças (e mulheres).
Alguns dados para ajudar a desconstruir a ideia de que escola é lugar de neutralidade e a comunidade não pode intervir:
- 82,5% dos abusadores são conhecidos das vítimas, sendo 47,1% pais/padrastos, 42,9% irmãos/ primos, 10% avós;
- 76,5% dos estupros ocorrem dentro de casa;
- A maioria dos registros (49,7%) mostra meninas brancas como vítimas, mas há grande subnotificação em relação às meninas negras (49,4%).
- Todos sabem que é crime sexo com menor de idade mediante pagamentos, mas apenas 29% dos que já souberam de algum caso desse tipo denunciaram de fato. Aqui a tendência é culpabilizar a menina.
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