A programação não era infantil
Depois de Helena as minhas programações são diferentes. Beem diferentes, e admito que mesmo depois de quase 3 anos continuo não fazendo muito por mim.
As programações são 95% infantis, os lugares precisam ter brinquedos, os horários são diferentes, as pessoas também.
Essa semana fui convidada para o aniversário de uma amiga da faculdade. No primeiro momento pensei em levar Helena, depois fiquei pensando que já que teria bastante adulto, não seria muito interessante para ela, além de que já estaria cansada da escola. Fui sozinha, ela ficou com o pai.
Quando cheguei encontrei alguns brinquedos, pula-pula, escorrega e balanço, eram do prédio. "Aaaaa como ela ia se divertir aqui, por que não trouxe?", pensei assim que vi. Pela primeira vez em muitíssimo tempo não tinha uma criança na perna, eu não estava em pé de um lado para o outro, não estava preocupada se tinha comido ou bebido água. Eu não estava preocupada em checar o tempo todo para não machucar no brinquedo. Pela primeira vez em muito tempo eu conversei sem ser interrompida.
Tudo bem, o assunto voltou para ela algumas vezes, não sei se poderia ser diferente. O engraçado é que mesmo assim eu me senti um pouco culpada por não tê-la levado, como se eu tivesse tirado dela a oportunidade de se divertir. Já imaginou que absurdo?
Assim que cheguei em casa, conversando com o Wagner, parei para pensar e comentei com ele, que não é possível que mesmo depois de quase 3 anos eu ainda tenha que viver grudada nela. A culpa não vai ter vez aqui, nem deve! É bom ser Stefania sem Helena, mesmo que eu ame estar com ela e vê-la se divertir feliz.
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