Se custa minha paz, é um preço muito alto
"Quanto me custa?" Foi um pergunta que eu só aprendi a fazer depois que me tornei mãe.
Quanto me custa, estando doente, continuar tentando amamentar?
Quanto me custa continuar recebendo visitas em casa sem estar bem?
Quanto me custa colocar numa creche e voltar ao trabalho?
Quanto me custa deixa-la sozinha no quarto desde muito nova?
Quanto me custa não coloca-la na escolinha com 1 ano e meio e passar o dia inteiro com ela, sem tempo para outra coisa que não seja criança e casa?
Quanto me custa não ter tempo livre, longe de todas as responsabilidades que a maternidade me traz?
Quanto me custa tentar atender ás expectativas das outras pessoas sobre o meu maternar?
Quanto me custa atender à todas às expectativas que eu mesma criei?
Quanto me custa tentar dar conta de tudo o que acham que devo?
Quanto me custa lidar com Helena como a filha idealizada?
Quanto me custa estar sempre em segundo lugar e continuar sendo uma questão isolada da prova?
Quanto me custa continuar dizendo sim para todo mundo e carregar uma carga que meus ombros não dão conta?
A resposta para todas as perguntas é mais simples do que a gente imagina. Se custa minha paz e minha felicidade, é uma preço muito alto que prefiro não pagar, não vale a pena.
Stefania Acioli
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