Quando a nossa vida se torna tão pesada?
Quando a gente para de procurar conchinhas?
Quando a leveza começa a ser perdida?Quando a simplicidade da infância passa a ser a complexidade da vida?
Quando a gente para de ver formas nas nuvens?
Quando a gente para de se expressar com franqueza? Quando deixamos de ser crianças?
Ao entrarmos na faculdade? Quando nossos filhos nascem? Depois do primeiro emprego talvez.
Como a gente a recupera?
Ela me dá respostas tão simples, tão objetivas, sem rodeios, sem complicação. "Não tem problema mãe, a gente limpa" "Nao tem problema mãe, foi sem querer" " Não tem problema mãe, a gente conserta"
Mas não temos o sofá para essa casinha de bonecas. "Não tem problema mãe, a gente brinca sem". A gente brinca sem, a gente faz com o que tem. E é suficiente. Nada mirabolante, só o necessário.
Quando a gente perde essa simplicidade para encarar os momentos da vida?
Não vai ser depois dos boletos pagos, não vai ser depois da casa com jardim, não vai ser depois da poupança cheia, não vai ser depois do emprego dos sonhos. Vai ser hoje. Tem que ser hoje. Agora. Eles vivem o agora. Não há nada que não possa ser consertado.
Quando a gente passou a viver amanhã?
Autora: Stefânia Acioli @tevejomae
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