Ser colo não se resume a pegar uma criança nos braços!
Eu queria te dizer que é fácil ser colo. Não é. Se tudo se resumisse a pegar uma criança nos braços, até poderia ser. Mas não é tudo.
Esses braços que carregam envolvem e transmitem tantas coisas quanto a gente é incapaz de explicar. Não importa se você tem umo vasto repertório de termos constando em seu vocabulário, definir colo é difícil. Porque não se resume a ter uma criança nos braços.
Eu queria dizer que você levanta feliz da vida quando a criança acorda na madrugada pedindo colo (sim, isso ainda acontece por aqui vez ou outra), mas depois de um dia exaustivo você só queria as horas de sono sem interrupções.
Eu queria dizer que é fácil estar inteira para doar um pouco de si a cada colo dado, mas você já sabe que não é. Nem sempre você está, nem sempre você consegue ser porto, sem antes pensar que gostaria de jogar sua própria âncora em algum lugar.
Mas funciona, o colo tem o costume de funcionar, porque ali, como em poucos momentos, é possível perceber que sua doação significa muito para alguém. E que volta, tudo o que você dá volta, não importa o tamanho do que foi doado.
É abrigo e é mútuo.
Stefânia Acioli @tevejomae
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