A pandemia não pode tirar o que tem de mais lindo nas nossas maternidades
Eu gosto de cuidar. Eu amo a gargalhada. O abraço de urso (igual ao do papai) que me pede todos os dias.
Eu amo a tagarelice. Ela conta tudo o que aconteceu quando chego, inclusive do pirulito que a vovó deu fora de hora. Amo inclusive as suas lembranças de quando era bebê que ela jura que são verdadeiras mas que nunca aconteceram.
Eu sou muito grata por ter tido o privilégio de acompanhar toda a sua primeira infância de perto, cada passo, cada março, as primeiras vezes foram comigo. Eu sempre quis que fosse assim.
Eu amo que ela vem primeiro para o meu colo ao acordar, e em 90% das vezes é o meu colo que ela procura.
Eu amo que ela sinta segurança em mim. Descobrimos livrinhos novos, nos acolhemos depois de uma perda gigante.
Eu amo que no momento da gratidão na oração da noite ela sempre agradece pra chupeta e pelo Tobinho. Felícia é ela com os irmãos de 4 patas.
A pandemia nos trouxe novas formas de conexão. De desenvolvimento.
Não, não é romantização, é tenso, mas a tensão não pode nos tirar a capacidade de olhar o que é bonito, o que é lindo, o que faz a nossa relação ser incrível.
Quando eu digo que estou cansada tem muita coisa nas entrelinhas, tem muita coisa por trás. Mas nunca você vai encontrar subentendido que estou cansada dela.
Stefânia Acioli @tevejomae
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