Você não pode acolher seu filho sem se abraçar
Estar para alguém requer que estejamos, antes, para nós mesmas.
Estar para alguém pede que, antes de mais nada, nos voltemos para dentro.
Para estar para nossos filhos e as pessoas de nossa convivência, precisamos parar, nos perceber, nos acolher e nos respeitar.
Acolher a nossa dor, perceber como podemos nos abraçar. Respeitar o nosso processo, aquilo que precisamos vivenciar hoje, agora, aquilo que não podemos deixar para depois, sob o risco de vir com muito mais força.
Temos que nos permitir chorar, parar olhando para o céu enquanto cantamos as músicas ou fazemos a oração que nos ajudam a ressignificar a dor.
Alguns dias são mais fáceis, outros mais difíceis, mas mantenhamos sempre a mesma pergunta “o que eu posso oferecer hoje?”. Talvez não seja muito para quem espera, mas é, por agora, tudo o que eu tenho, espero que seja suficiente.
Isso nos ajuda a diminuir as culpas que nos acompanham diariamente, olhar para o espelho com mais amor. Diminuir a ânsia por atender ás expectativas de quem espera de nós o que não podemos oferecer. É um exercício diário de autoconhecimento.
Nos ajuda também a respeitar os processos do outro, afinal nós também caímos na besteira de criar expectativas. Isso é o que ele pode me oferecer hoje, se não acho suficiente isso diz muito mais sobre mim que sobre o outro.
Isso nos liberta e liberta aqueles a quem amamos.
Stefânia Acioli @tevejomae
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