Mãe pode se divertir?
Foto de Leilianny Oliveira
A sensação que a maioria de nós tem, é de que perde-se o direito a momentos de lazer e prazer depois que renascemos mães.
Se o relacionamento com o pai das crianças chega ao fim, ou nunca existiu, torna-se mãe solo e a coisa fica um pouco mais profunda. Isso porque esperam que você preencha todas as lacunas deixadas pela separação/ausência paterna. Não sobra tempo para as demandas de um novo relacionamento, você eleva o nível por já saber o que procura e não quer em uma pessoa, você sabe o que viveu.
O receio de deixar outro entrar em sua vida quando se tem uma criança, é ainda maior, afinal você procura selecionar bem quem terá contato com seu bem mais precioso.
Se você trabalha fora de casa sente culpa por utilizar mais uma vez da rede apoio para que possa ter um momento de lazer, seja sozinha, com amigos ou com uma nova companhia amorosa. Quando finalmente acontece de alguém entrar na sua vida, você não se sente no direito de viver, de ser alguém para além do trabalho, da maternidade e das tarefas domésticas.
Que mãe é essa que usa rede de apoio para se divertir? Está a semana inteira fora, ainda quer o sábado para espairecer? Disseram que isso é terceirizar demais o cuidado dos próprios filhos.
É a mãe que tem pressa em viver, em sentir que é alguém além das obrigações, em sentir que é vista como mulher, com desejos e necessidades sociais que filho nenhum supre, nem tem obrigação de fazê-lo.
Essa mãe é uma mulher antes de qualquer outro papel que precise exercer. Porque não é por trás de toda mãe que tem uma mulher, mas por trás de algumas mulheres tem uma mãe.
Não deveríamos precisar de uma lupa pra enxergá-las.
Se o relacionamento com o pai das crianças chega ao fim, ou nunca existiu, torna-se mãe solo e a coisa fica um pouco mais profunda. Isso porque esperam que você preencha todas as lacunas deixadas pela separação/ausência paterna. Não sobra tempo para as demandas de um novo relacionamento, você eleva o nível por já saber o que procura e não quer em uma pessoa, você sabe o que viveu.
O receio de deixar outro entrar em sua vida quando se tem uma criança, é ainda maior, afinal você procura selecionar bem quem terá contato com seu bem mais precioso.
Se você trabalha fora de casa sente culpa por utilizar mais uma vez da rede apoio para que possa ter um momento de lazer, seja sozinha, com amigos ou com uma nova companhia amorosa. Quando finalmente acontece de alguém entrar na sua vida, você não se sente no direito de viver, de ser alguém para além do trabalho, da maternidade e das tarefas domésticas.
Que mãe é essa que usa rede de apoio para se divertir? Está a semana inteira fora, ainda quer o sábado para espairecer? Disseram que isso é terceirizar demais o cuidado dos próprios filhos.
É a mãe que tem pressa em viver, em sentir que é alguém além das obrigações, em sentir que é vista como mulher, com desejos e necessidades sociais que filho nenhum supre, nem tem obrigação de fazê-lo.
Essa mãe é uma mulher antes de qualquer outro papel que precise exercer. Porque não é por trás de toda mãe que tem uma mulher, mas por trás de algumas mulheres tem uma mãe.
Não deveríamos precisar de uma lupa pra enxergá-las.
Stefânia Acioli
@tevejomae
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