Eles pedem que desaceleremos. Sempre e de várias maneiras.
Nos pedem calma:Por que essa pressa em apertar o botão do elevador? Qual a necessidade de correr tanto até o carro?
Nos pedem pausa:
Brinca comigo!
“Senta na quadra, olha o que eu já sei fazer com o patins!”
“Me coloca para dormir, coloca música de ninar, me balança e faz carinho na cabeça, por favor?”
“Larga o computador, fica comigo. Aqui, no sofá, quietinha, assistindo meu desenho favorito sobre o tubarão que age como cachorro.”
Suas exigências por atenção, nos demanda o silenciamento momentâneo da ansiedade, da busca por uma produtividade ilimitada, pra ontem.
Eu quero parar no meio do corredor, fazer uma dancinha desengonçada, te arrancar uma risada e rir junto a você. Te quero no meio da sala, me esperando parada, enquanto me posiciono no sofá, até flutuar no ar. Eu confio que você está tão atenta que não me deixará escapar.
Mãe, vive comigo agora, porque passa e eu não quero perder um minuto da nossa caminhada.
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